Já há alguns anos, o Brasil é o maior produtor mundial de suco de laranja. As últimas notícias dão conta de que o aumento do preço desse produto tem proporcionado bons lucros aos produtores. Atualmente, de cada cinco copos de suco de laranja consumidos no mundo, três são produzidos no Brasil. Não é pouco, principalmente se considerarmos a grande produção de suco dos Estados Unidos. O que diferencia a produção brasileira e a norte-americana, é que, aqui, a maior parte da produção é destinada à exportação, enquanto nos Estados Unidos, destina-se ao mercado interno. O que isso significa?
Quer dizer que nós, brasileiros, dependemos muito mais da produção da laranja (que é um commodity) do que os Estados Unidos. A notícia de que os preços vêm aumentando no mercado internacional é boa, mas não podemos nos esquecer de que esses preços flutuam muito e, de uma hora para outra, podem despencar, devido a uma série de fatores, como os fenômenos climáticos adversos, por exemplo. Não nos esqueçamos de que a tecnologia tem um preço muito mais estável do que as commodities, e não estão sujeitos às variações meteorológicas. Além disso, a tecnologia tem relativamente pouca concorrência mundial ao contrário dos commodities. Portanto, fica aqui a pergunta: apesar da grande importância da produção e exportação dos commodities, seria viável dependermos tanto deles? Lembrando de que o suco de laranja não é exatamente um commodity, pois já passou por processamento, mas tem origem direta de um commodity, que é a laranja.
Leia o texto sobre a produção de suco de laranja no Brasil e veja um infográfico muito interessante, que nos mostra o ciclo da laranja, desde a produção até a exportação, passando pelo processamento do suco.
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