domingo, 20 de outubro de 2013

AMÉRICA LATINA: O CRESCIMENTO ECONÔMICO E AS TRANSNACIONAIS (9ºs ANOS)

O link a seguir disponibiliza uma importante matéria sobre o investimento das empresas transnacionais na América Latina. Leia-o e, em seguida, leia a "Opinião do Professor". Aqui, eu exponho o meu ponto de vista, conforme muitos alunos solicitaram. Para o texto não ficar muito extenso na primeira página, criei o "leia mais", para que você continue lendo a matéria até o final.

   http://noticias.br.msn.com/economia/artigo.aspx?cp-documentid=24959039

                            OPINIÃO DO PROFESSOR

O expressivo crescimento econômico na América Latina, a despeito da crise econômica que assola as nações mais ricas do planeta, é uma realidade que vem ocorrendo há algum tempo.
Os indicadores socioeconômicos, há algum tempo, sinalizam essa melhoria: redução acentuada da mortalidade infantil, aumento da renda per capita e da expectativa de vida, redução do desemprego, entre outros, sustentam as notícias sobre o crescimento.
   Não podemos nos esquecer, contudo, de que só o crescimento econômico não é suficiente: é necessário, também, que haja um desenvolvimento econômico, isto é, que essa riqueza gerada seja melhor distribuída. Só assim, haverá a redução das desigualdades sociais, ainda muito presente na América Latina.
   Além dos indicadores socioeconômicos, há um outro fator que chama a atenção quando analisamos a economia latino americana: a presença cada vez maior das multinacionais (ou transnacionais) na região. As grandes corporações não investiriam bilhões de dólares se não tivessem plena certeza de resultados positivos. E resultado positivo só é possível se a economia assim o permitir.
   A presença das multinacionais, sem dúvida alguma, traz uma série de benefícios: geração de empregos, maior arrecadação de impostos por parte do Estado, redução da necessidade de importação de produtos, elevação do PIB, entre outros.
   No entanto, a dependência desses países que recebem esse capital estrangeiro é cada vez maior em relação aos países desenvolvidos. Veja, por exemplo, o Brasil: qual empresa genuinamente brasileira produz automóveis? Nenhuma! São todas estrangeiras! Muitas empresas alimentícias instaladas no Brasil também o são. Muitas vezes, essas grandes corporações impedem o desenvolvimento  de empresas nacionais que têm menor capacidade financeira. Elas sucumbem diante do poder financeiro das empresas estrangeiras.
   O historiador norte-americano Marshall C. Eakin, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, em 2004, afirmou, sobre a industrialização brasileira que "o capitalismo tropical tem a industrialização, o crescimento econômico, mas tem uma diferença grande na comparação com o Primeiro Mundo: o avanço tecnológico gerado pelo país. Há  o processo de auto-sustentação tecnológica no capitalismo industrializado dos países do Primeiro Mundo. Mas o Brasil não. Faltam pesquisa e desenvolvimento".
   Em resumo, temos a tecnologia estrangeira sendo produzida internamente, mas não desenvolvemos nossa própria tecnologia. Produzimos o bolo, mas a receita é da vizinha, não nossa...
   Evidentemente, os diversos países latino americanos sofrem problemas diferenciados: há aqueles que ainda são totalmente dependentes da economia primária e aqueles que, só agora, começam a se industrializar. De qualquer forma, o crescente interesse das multinacionais em nossa região pode ser um bom sinal. 
E você, o que pensa a respeito do capital estrangeiro em nossa região? É benéfico? É maléfico? Deixe aqui mesmo sua opinião. Ela é muito importante! Até a próxima...

  

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